sexta-feira, 26 de outubro de 2012

FAMÍLIA BORGES

FAMÍLIA BORGES

PEDRO PAULINO BORGES,
nascido aproximadamente em 1835, era  também conhecido como PEDRO PAULINO DE OLIVEIRA, PEDRO PAULINO BORGES DE OLIVEIRA e PEDRO JOSE PAULINO.
Foi casado com BERTHOLINA MARIA DA CONCEIÇÃO nascida aproximadamente em 1840. O casal morou em Olho d’água da Aldeia (Solânea), local onde nasceram seus filhos. Nos livros paroquiais de Bananeiras foram encontrados registros de apenas seis, que são: Francisco (que assume o sobrenome BORGES DE OLIVEIRA), Josefa (2/8/1856), João Paulino (26/09/1862) , Lucinda (20/12/1863), Joaquina (16/02/1865), e Joaquim (1867).
Imagem Family search
Josefa, branca, filha legítima de Pedro Jozé Paulino e de Bertholina Maria da Conceição, moradores no Olho d’Água d’Aldeia, desta freguezia de Bananeiras, nasceo a dois de agosto de mil oitocentos e cincoenta e seis e foi baptizada solenemente por mim  na Matriz a sete de setembro do dito anno; forão padrinhos Manoel Jozé Theodorio e sua  mulher Maria José de Jesus; do que fiz este assento que assigno. O vigário Jozé Paulino da Borba Grillo.” (Livro de Batizado de Bananeiras).


João, filho leg. De Pedro Paulino Borges e Bertulina Ma. Do Espto Sto. Nasceo a 26 de 7bro batipzei a 12 de 8bro de 1862 p.p Bento de Lima e sua mulher Josepha Maria da C ão”,


Imagem: family search

Joaquina, filha leg. De Pedro Paulino Borges e Bertolina Ma. Do Espírito Sto. Nasceo 16/02/1865 e baptizei a 1º. De março do mesmo ano, p. Cassiano Cícero e D. Geracina Ferreira de Menezes, o que para constar mandei lançar .” (Livro de Batizado de Bananeiras).

Além destes acima nominados, era também filho do casal JOSÉ PAULINO DE OLIVEIRA, casado com FRANCISCA MARIA DE OLIVEIRA, que fixaram residência em Santa Cruz. Encontrei o registro de batismo de seu filho JOSÉ 97, em1879, conforme a transcrição abaixo:
“ José, branco, nascido aos dezeceis de agosto de mil oito centos e setenta e nove, filho legítimo de José Paulino d’Oliveira e Francisca Maria d’Oliveira, baptizei solenemente nesta Matriz aos vinte seis de dezembro do anno acima referido, foram padrinhos Severino d’Oliveira e sua mulher Victorina Maria da Conceição, para constar fiz este assento, que assigno. Vigário Antonio Raphael Gomes .” (Livro de Batizados de Santa Cruz).

Pedro Paulino era vivo em 1898, pois foi padrinho de Maria, filha de Diogo José de Oliveira e Josefa Maria nascida em 3/9/1898, batizada em Bananeiras. Naquela época ainda residia nos OLHOS D’ÁGUA DA ALDEIA, em Moreno, atual Solânea (PB).



MANOEL JOZÉ PINTO


MANOEL JOZÉ PINTO (pai de JOAQUIM)


Patriarca da família Pinto, Manoel nasceu provavelmente entre 1792/1800, sendo mais provável em 1796. Faleceu no dia 13 de abril de 1865 em Bananeiras/PB.


Embora tenha consultado os livros paroquiais de Mamanguape, freguesia que, na época, englobava Bananeiras, não encontrei o registro de seu nascimento e tampouco o de seu casamento com ANNA JOAQUINA, que deve ter ocorrido por volta de 1817. Isso não significa que ele não tivesse nascido naquela região, pois faltam livros de vários anos e, os que existem estão ilegíveis.


Há, no entanto fortes indícios que seu pai fosse outro MANOEL JOZÉ  PINTO, casado com MARIA DE OLIVEIRA.

Este MANOEL viveu em MULUNGUS, hoje MULUNGU (PB), por volta de 1775, conforme demonstra o registro de nascimento de seu filho JOZÉ nos livros de Mamanguape (PB), como se segue:
imagem: family search

Jozé, filho de Manoel Jozé Pinto e sua mulher Maria de Oliveira, foi batizado na Capella dos Mulungus, filial desta Matriz pelo Reverendo coadjutor Lourenço Gomes Freire de minha licença e lhe pos os santos óleos aos dezenove de agosto de mil settecentos e sitenta e cinco, forão padrinhos Jozé Carlos e Maria da Conceição."

Além do batismo de Jozé encontrei outra filha RITA, onde consta ser MANOEL JOZÉ PINTO natural do bispado do Porto, ou seja ele era português, e Maria natural da freguesia. Em registros de 1809 de Alagoa grande (livros de Mamanguape) aparece como CAPITÃO MANOEL JOZÉ PINTO.

Embora não tendo provas da ligação desse MANOEL JOZÉ PINTO, nascido aproximadamente em 1750, como pai do meu pentavô MANOEL JOZÉ PINTO, tenho muitos indícios neste sentido.

Meu pentavô MANOEL JOZÉ PINTO morou no Bacopari por mais de cinquenta anos, local onde nasceram todos os seus filhos. Plantava café em suas terras. Foi casado com ANNA JOAQUINA (minha pentavó), nascida por volta de 1800 e falecida em junho de 1840, em Bananeiras, provavelmente do parto de seu último filho ANTONIO (15/06/1840).

imagem: family search

Antonio, filho de Manoel Jozé Pinto e Anna Joaquina com quarenta e cinco dias de idade, foi baptizado pelo Reverendo Emígdio do Rego Toscano Brito e lhe pós os santos óleos aos trinta de junho de mil oito cento e quarenta, sendo padrinhos Antonio Ribeiro de Oliveira e Anna Quitéria do que mandei fazer este assento que assino.”

O penúltimo filho do casal foi Francisco, nascido em 1837 (falecido antes de 1865, sem descendência).

imagem: family search

Aos trez de setembro de mil oitocentos e trinta e sete baptizei e pus os santos óleos ao parvolo Francisco, de idade de dois meses, filho legítimo de Manoel José e Anna do Sacramento, brancos , moradores em Bacupari, forão padrinhos João Pereira, casado e sua filha Maria da Penha, solteira, do que para constar fiz este assento em que assino Vigário José dos Santos.” (Livro de Bananeiras).

Da mesma forma que não tenho a filiação de Manoel, também não tenho de ANNA JOAQUINA. Dela sei muito menos do que de MANOEL. Como não consta o seu sobrenome nos registros encontrados, é quase impossível localizar sua família. O casal viveu junto durante muito tempo, tendo os seguintes filhos conhecidos: 

JOAQUIM (nasceu aproximadamente em 1819/1821), JOSÉ (1822), JOAQUINA (1825), MANOEL (1833), FRANCISCO (1837), ANTONIO (1840) e outros dois VIRGÍNIO e MARIA os quais não consegui estimar o ano do nascimento frente à inconsistência nos dados dos livros paroquiais

Desse casamento, MANOEL JOZÉ PINTO teve pelo menos estes oito filhos, sendo certo que este número é muito maior considerado o fato de que o casal permaneceu junto durante quase vinte e cinco anos.

Úma vez viúvo de Anna, MANOEL se casou com JOSEFA. filha de DOMINGOS RIBEIRO DE SOUZA e MARIA FRANCISCA DOS SANTOS (avós de Ignácia, sua nora, casada com seu filho JOAQUIM JOSÉ PINTO). Josefa era tia de Inácia.  O casamento foi realizado em 19/04/ 1941 em Bananeiras/PB.

imagem: family search
O casal teve mais  12 filhos conhecidos: JOSÉ ( 9/10/1842), JOÃO ( 7/7/1844), ANTONIA (23/11/1844), IGNÁCIO (1845), MARIA (1846), ANTONIO (23/11/1847), CATHARINA (1853), ISABEL (1854),  BERNARDINA (19/08/1856),  MANOEL (15/08/1858), JOANA (1860) e ANNA (10/08/1862).

JOAQUIM JOSÉ PINTO


JOAQUIM JOSÉ PINTO (filho de MANOEL JOZÉ PINTO) E INÁCIA MARIA DE JESUS
 

casamento

Aos dezoito de septembro do anno de mil oitocentos e trinta e nove nesta Matriz em minha presença e das testemunhas Hippólito Jozé d’Oliveira e Joaquim Luiz, cujos proclamas sem impedimentos corridos receberão em matrimônio os contraentes Joaquim José Pinto e Ignácia Maria da Conceição, elle filho legítimo de Manoel Jozé Pinto e Anna Joaquina, Ella filha legítima de Antonio de Souza Santos e Francisca Gomes d’Oliveira, naturaes e moradores no Buraco desta freguezia, dispensados do impedimento de terceiro grão de consanguinidade em que se achavão ligados e lhes dei as benções nupciais e doritual romano, do que para constar fiz o acento que assigno.”(Livro de Casamentos de Bananeiras). 



  

Filhos
No Livro de Batismo (1837 -1840), encontrei o registro de batizado de Anna, primeira filha do casal, de 25/09/1840.
Anna, filha legítima de Joaquim José Pinto e Inácia Maria da Conceição, com dois meses de nascida, foi por mim baptizada aos vinte e sete de setembro de mil oito centos e quarenta e lhe puz os santos óleos, sendo padrinhos Manoel Jozé Pinto, cazado e Francisca Gomes D’Oliveira, todos moradores no Buraco desta freguezia, do que mandei fazer o termo que assigno. Vigário Francisco Antonio Gomes Ouriques de Vasconcellos.”

:



 "No livro de batismos posterior (1840-1843), o registro de João, consta assim:
João, branco, filho legittimo de Joaquim José Pinto e Ignacia Maria de Jesus, moradores no Buraco, nascido de três meses e batizado com santos óleos, pelo reverendo José Gonçalo Ouriques aos nove de abril de mil oitocentos e quarenta e dois sendo padrinhos José Paulo Ribeiro e Antonio Pacífico da Conceição, moradores no Curimatáu. Do quemandei fazer este apontamento que assino. Vigário Francico Antonio.


FRANCISCO
  batizado em 11/08/1845.
Francisco, de dous mezes, pardo, filho legítimo de Joaquim Pinto e Ignácia Maria da Conceição, sendo padrinhos João Dorneles do Nascimento e Luisa Cândida Frankilina, foi por mim baptizada nos santos óleos nesta matriz aos onze de agosto de mil oitocentos e quarenta e cinco, do que mandei fazer este assento por mim assignado."
.” (Livrode Batismo de Bananeiras).

LUÍSA,
batizada em 14/01/1849.
Luisa, parda, de dous meses, filha legítima de Joaquim José Pinto e Inácia Maria de Jesus, desta Freguezia, sendo padrinhos Pedro Rodrigues das Neves e Luiza Mendes, foi por mim baptizada e lhe puis os santos óleos a catorze de janeiro de mil oitocentos e quarenta e nove, do que para constar fiz o termo que assino
.” (Livro de Batismo de Bananeiras).

EMÍGDIO JOSÉ DE SOUZA PINTO

EMÍGDIO JOSÉ DE SOUSA PINTO (filho de JOAQUIM JOSÉ PINTO, neto de MANOEL JOZÉ PINTO)


É um dos onze filhos conhecidos do casal JOAQUIM JOSÉ PINTO E INÁCIA FRANCISCA DE JESUS (que aparece também como Inácia Maria da Conceição).
Nasceu aproximadamente em 1849. Seu prenome foi em homenagem ao padre Emígdio do Rego Toscano Brito que permaneceu na região de Bananeiras/PB por quase quarenta anos (faleceu em Pilões em 1879). 
Encontrei um registro interessante sobre ele, que além de ter sido pároco em Bananeiras também o foi em Pilões: 
Manoel, pardo, filho natural de Justina, escrava do Reverendo Pe. Emígdio do Rego Toscano, morador nos Pilões, nasceu a quinze de março de mil oito centos e setenta e três e foi batizado pelo Rvdo Pe. Emígdio do Rego Toscano de Brito, na capela de Pilões, e foi padrinho Mathias Alves da Trindade, solteiro e Avelina Rosa Cândida. O vigário José Euphozino Ramalho”.

Emígdio José de Sousa Pinto passou a infância em Bananeiras onde fez seus primeiros estudos no Colégio Borborema. Estudou também em Areia. Tinha grande vocação para o comércio e desde muito jovem já negociava mercadorias nas cidades vizinhas. Não é certa a data em que ele chegou à Santa Cruz (RN), nem se veio sozinho ou acompanhado de irmãos. O certo é que seu casamento foi naquela cidade, em1870, com ISABEL FRANCISCA DE LIMA, conforme registro abaixo: Livro de Casamentos 2 – 1867 a 1876 fl. 27 – Registro 1 – Santa Cruz


Foto: arquivo pessoal
“Aos 14 de junho de 1870, pelas três horas da tarde, nesta Matriz, depois de observadas as cerimônias canônicas, amparados na doutrina christã e confessado “... a tridenti sso” e em matrimonio os contraentes EMIGIDIO JOSÉ DE SOUSA e ISABEL FRANCISCA DE LIMA, filho legítimo de Joaquim José Pinto e Inácia Francisca de Jesus, ella filha legítima de Manoel Franco de Oliveira e Ignácia Maria da Conceição, e lhes dei as benções nupciais, presentes as testemunhas João Afonço D’Albuquerque e Manoel Fernandes de Oliveira, vigário Antonio Rafael Gomes de Mello (Livro de Casamentos 2 – 1867/1876- fl. 27 – n. 17).


EMÍGDIO foi um grande proprietário de terras, tanto na Paraíba como no Rio Grande do Norte. Dedicava-se à pecuária e à agricultura. Foi um dos primeiros a fazer o beneficiamento da fibra de algodão em Santa Cruz e um dos primeiros eleitores depois da criação do município em 1876.
Das fazendas de gado que possuía, destacavam-se aquelas localizadas em Boa Hora e Boa Vista, ambas em Santa Cruz (RN). Nas duas fazendas mandou construir oratórios, pois era muito religioso. Tinha fazendas em São Bento e em Melões (atual Coronel Ezequiel).
Em Solânea (antiga Moreno) Emígdio possuía terras e casa em Chã do Moreno, onde tinha plantações de fumo.
Nos livros de casamento da Paróquia de Santa Cruz encontrei vários registros de casamentos de seus filhos, de sua união com a filha de Manoel Franco de Oliveira, Izabel Franco de Lima, que aparece nos registros com vários nomes – IZABEL FRANCA DE OLIVEIRA, ISABEL FRANCISCA DE LIMA e ISABEL
FRANCISCA DE OLIVEIRA, e era conhecida como VÓ BELINHA.
Vó Belinha morreu com 89 anos, em 22/09/1943, e está enterrada no cemitério antigo de Santa Cruz (RN).


Assinatura de Emígdio em 1892, no cartório de Bananeiras
/PB

Foto: arquivo pessoal