domingo, 28 de junho de 2015

SOBRE OS SOBRENOMES NOS DOCUMENTOS ANTIGOS

Na minha família paterna as relações de parentescos são muito confusas, pois a endogamia era comum.
Mais comum ainda usarem sobrenomes diversos, dependendo do lugar em que viviam. Já li que tal comportamento era típico dos cristãos-novos.
Até agora, retrocedendo mais de 250 anos, não encontrei nenhum cristão-novo,
Por outro lado, encontrei muitos ancestrais que viviam trocando de sobrenomes, hora assinavam de um jeito e hora de outro.  
Exemplo disso foi minha trisavó ISABEL, que eu encontrei nos registros paroquiais como ISABEL FRANCO DE OLIVEIRA, IZABEL FRANCA DE LIMA, IZABEL FRANCISCA DE LIMA, IZABEL FRANCO DE LIMA, ISABEL FRANCISCA DE OLIVEIRA, IZABEL DE SOUSA PINTO e até ISABEL FRANCO PINTO.

Os pais dela eram MANOEL FRANCO DE OLIVEIRA, que aparece também como MANOEL FRANCISCO DE OLIVEIRA, e IGNÁCIA MARIA DA CONCEIÇÃO.
Apesar das inúmeras pesquisas o que sei até agora é que o casal morou em ARARUNA e redondezas por volta de 1850.
O primeiro registro que encontrei trata-se do batismo de Maria, realizada em RIAXÃO (RIACHÃO), em janeiro de 1855..

imagem family search
Foram padrinhos, em TACIMA, em junho de 1855, de uma criança como consta no registro abaixo:
 Antonio, filho legítimo de Ignácio Francisco Ribeiro e de Joana Maria da Conceição, desta freguezia d’Araruna, nascido a vinte nove de abril de mil oito centos e cincoenta e cinco e foi batizado solenemente por mim na vargem de Tacima da mesma freguezia a treze de junho do dito anno. Forão padrinhos Manoel Francisco d’Oliveira e sua mulher Ignácia Maria da Conceição, mandei fazer este assento que assino, vigário encomendado José Paulino da Borba Grillo.”

Na verdade, Riachão e Araruna pertenciam à Freguesia de Araruna. A distância entre Riachão e Tacima são apenas 7 Km.

O outro registro que encontrei foi do casal já em Santa Cruz, de 1863, do batizado de JOANA.
Joana, parda, nascida aos vinte e cinco de junho de mil oitocentos e sessenta e três filha legítima de Manoel Franco de Oliveira e Ignácia Maria da Conceição, foi baptizada por mim com os santos óleos nesta Matriz aos vinte e oito de junho de este anno, foi padrinho Manoel Marinho Falcão, do que para constar fez este termo que assigno, Antonio Dias da Cunha.
JOANA faleceu em Santa Cruz em  21 de fevereiro de 1867. 


imagem arquivo pessoal

Nas minhas pesquisas encontrei que os pais de MANOEL FRANCO seriam MANOEL FRANCO e ISABEL MARIA DA CONCEIÇÃO, da Villa de São Jozé (SÃO JOZÉ DO MIPIBU) no Rio Grande do Norte. Mas, até agora não confirmei tal informação, uma vez que não tive acesso ao livro mais antigo daquela freguesia, que está sendo restaurado e não se encontra na Cúria Metropolitana de Natal.
Há também a possibilidade de Manoel Franco ser descendente de outro Manoel Franco de Oliveira que residiu em Riachão por muito tempo e seria descendente de Bernardino Gomes Franco, sesmeiro bem conhecido já que foi sargento-mor no Ceará de onde saiu fugido por causa de uma questão envolvendo assassinato. 

Quanto a MANOEL FRANCO DE OLIVEIRA tenho notícias de que teria nascido em Santa Cruz, por volta de 1820/1824, e falecido por volta de 1900 em Araruna. Mas, não encontrei nem um nem outro registro. Pode ter nascido em Araruna ou mesmo no Sítio Juca onde muitos de seus descendentes viveram.
Sei apenas que foi pai de 9 filhos (número que pode ser maior se considerado aqueles que faleceram), dentre os quais minha trisavó ISABEL, mencionada acima e de minha outra bisavó JOAQUINA EUSTAQUILINA DE OLIVEIRA, conhecida como Vozinha.

O interessante é que alguns filhos do casal assinam LIMA, e são muito próximos da família OLIVEIRA LIMA, tanto do Coronel Bento José de Oliveira Lima de Araruna, como também do irmão deste, JOAQUIM JOSÉ DE OLIVEIRA LIMA, radicado em Santa Cruz.

ISABEL se casou com EMÍGDIO JOSÉ DE SOUSA PINTO em Santa Cruz (1870). Encontrei 16 filhos do casal, que tanto residia em Santa Cruz como em Solânea/PB, bem perto de Bananeiras e Araruna.

Em Santa Cruz nasceu HORÁCIO, filho do casal, sendo padrinho JOAQUIM JOSÉ DE OLIVEIRA LIMA e sua mulher FEBRONIA BEZERRA DE LIMA, como consta abaixo.

imagem arquivo pessoal
  
Anos mais tarde, outro filho do casal, HENRIQUE EMIGDIO DE SOUSA PINTO, casa-se com RAIMUNDA CAROLINA DE OLIVEIRA LIMA, sobrinha materna de BENTO e de JOAQUIM JOSÉ DE OLIVEIRA LIMA (vide postagem).

As origens da família OLIVEIRA LIMA são de Goianinha, Canguaretama e São José do Mipibu.
Ressalto que, LUIZ CUSTÓDIO DE OLIVEIRA LIMA foi um dos subscritores do abaixo assinado que efetivou a criação da Paróquia de Nossa Senhora das Mercês em Cuité (PB), em 1801.
Seu pai CUSTÓDIO DE OLIVEIRA LIMA e, seu tio, FRANCISCO DE OLIVEIRA LIMA, foram um dos mais antigos proprietários de terras na região, onde possuíam fazendas de gado.
Eram proprietários, também, de uma fazenda na Ribeira do Trairi, no que hoje é a cidade de Santa Cruz/RN.
Ambos pertenciam a família OLIVEIRA LIMA, uma das mais antigas e prósperas da época.
Infelizmente, nos livros de história não encontramos nenhuma referência à importância desta família para a região. Todavia, os registros paroquiais e também nos documentos da capitania comprovam o poder político, econômico e social da família.
As ligações da família com GOIANINHA/RN restam estampadas em muitos documentos paroquiais da freguesia de Mamanguape do século XVIII. Todavia, muita pesquisa há de ser feita a fim de recuperar os dados históricos em relação à mesma, bem como de sua importância na fundação das atuais cidades de Cuité/PB, Araruna/PB, Serra de São Bento/RN e Santa Cruz/RN.

Recentemente, tive acesso a um livro onde o autor diz que seu avô paterno era o BENTO JOSÉ DE OLIVEIRA LIMA, filho de JOAQUIM JOSÉ DE OLIVEIRA LIMA, que era um português de Vianna do Castelo, que veio para Recife em 1834, na Barca Castro Segundo.
Mas, pela leitura do livro pude perceber que parte da história contada não era verdadeira, pois ele fala que Bento era filho único, quando na verdade tinha vários irmãos. 
O autor acrescenta que Bento teria ido para Araruna por volta de 1870, o que também não é verdade, já que muito tempo antes ele já estava lá.
BENTO faleceu em ARARUNA NO DIA 13/04/1909. Consta que ele era filho de JOAQUIM JOSÉ DE OLIVEIRA LIMA  e ANNA JOAQUINA DE OLIVEIRA LIMA, naturais do distrito. 



Por outro lado, encontrei os OLIVEIRA LIMA em São Bento, em meados do século XIX (1854), existindo até um BENTO JOSÉ DE ARAÚJO LIMA, que até poderia ser o mesmo BENTO JOSÉ DE OLIVEIRA LIMA, já que comum as pessoas usarem sobrenomes diversos. E até mudarem de sobrenome publicamente, como comprova o anúncio de 1828, onde JOAQUIM JOSÉ DE SANTA ANNA passa a se chamar JOAQUIM PEDRO DE LIMA.
imagem arquivo pessoal
Consta que o BENTO DE ARAÚJO LIMA era solteiro,morador na freguesia de São Bento daí ser possível deduzir que teria entre 20 a trinta anos de idade, o que resultaria seu nascimento entre 1824/1834.  O mais interessante é que o sobrenome do pai da criança era SOUZA. Sendo que os SOUZA de Araruna são todos da mesma família, ligados aos OLIVEIRA por consanguinidade.  

imagem family search

Mas, a questão se resume ao BENTO JOSÉ DE OLIVEIRA LIMA era ou não o BENTO filho de JOAQUIM JOSÉ DE OLIVEIRA LIMA e de ANNA ARAÚJO, como diz o autor do livro, neto de ANTONIO DE OLIVEIRA LIMA e MARGARIDA ROSA, portugueses de Vianna do Castelo, não posso dizer.
Mas, uma coisa é certa: ou MANOEL FRANCO DE OLIVEIRA ou INÁCIA pertenciam a família OLIVEIRA LIMA. Disto não tenho dúvidas.
    


  




sábado, 27 de junho de 2015

RESIDENTES NA FREGUESIA DE BANANEIRAS (1847)


Residentes na freguesia de Bananeiras em 1847- Fonte o Diário Novo - PE
André Rodrigues d'Almeida.
Antônio Alves da Costa.
Antônio Benicio Saraiva Leão.
Antônio Cândido Thaumaturgo (genro de Estevão José da Rocha).
Antônio Hermilo Gonçalves Chaves.
Antônio José Pereira. 
Antônio Lopes Pessoa.
Antônio Nunes do Castro.
Boa ventura da Silva Barbosa.
Castor José Furtado.
Emygdio do Rego Toscano Brito (padre. vide post)
Estevão José da Rocha (futuro Barão de Araruna).
Felix Teixeira da Costa.
Francisco Ricardo Pessoa,
Ignácio da Silva Barbosa.
João Alves Frazão.
João Çlementino da Rocha (filho de Estevão José da Rocha).
João Manoel das Chagas.
João Peixoto de Vasconcellos.
Joaquim do Rego Toscano Brito (coronel).
Joaquim José d'0liveira.
Joaquim José de Macedo.
Joaquim José Teixeira (vide post no blog) .
José Ambrósio Ribeiro.
José Bento d’Araujo Lima.
José de Farias Castro.
José Ferreira da Rocha Camporra (irmão de Estevão José da Rocha).
José Francisco de Salles.
José Lopes Pessoa da Costa.
Luiz de Lavor Paes Barreto.
Manoel Barbosa de Faria.
Manoel Nunes da Cruz.
Manoel Quedes Ferreira.
Martiniano José Pinheiro Borges (português, vide post).
José Ferreira de Farias.
Padre Emygdio do Rego Toscano (vide post no blog).
Paulino José Cordeiro.
Pedro da Silva Fernandes.
Pedro Velho Gondim.
Theodoro Antônio de Brito.

Vicente Xavier Gadelha.

domingo, 21 de junho de 2015

MANOEL JUSTINO DE OLIVEIRA GALVÃO

MANOEL JUSTINO DE OLIVEIRA GALVÃO é um dos subscritores do abaixo assinado, para a elevação à categoria de Matriz a capela de Santa Rita ereta na povoação de Santa Cruz/RN, de 1835.

Ele teria na época cerca de 30 anos. Possuía fazenda de gado em Santa Cruz e foi um grande articulador político local. Foi casado com Sofia Genuína Brazileira Galvão. Consta que ele era natural da Freguesia de Goianinha/RN, mas a informação não foi confirmada. Todavia, é certo que o mesmo era descendente de Cipriano Lopes Galvão, antigo povoador do Seridó.

Dos filhos de Manoel Justino, temos MARIA EMÍLIA DE OLIVEIRA GALVÃO, que se casou, em 20/11/1861, com MANOEL ALVES DE OLIVEIRA, filho de outro do mesmo nome MANOEL ALVES DE OLIVEIRA e CUSTÓDIA JOAQUINA DO SACRAMENTO, em Santa Cruz/RN. Constando que o nubente era natural de São José do Mipibu e a nubente de Goianinha. Ambos eram da mesma família.


imagem arquivo pessoal

O casal teve vários filhos, mas pelo menos 4 não sobreviveram. Um desses filhos, foi Adelina que faleceu em 1873.  MARIA EMÍLIA faleceu pouco tempo depois de tuberculose.

imagem arquivo pessoal
A irmã de MANOEL ALVES DE OLIVEIRA, MARIA JOSÉ DE JESUS, casou-se com ELISÊO CANUTO LOPES DA SILVA, natural de Angicos, filho de Antonio da Silva Bastos e Joana Esmeraldina da Silva, em 25/02/1861. Note-se que uma das testemunhas do casamento foi JOSÉ FERREIRA DA ROCHA, irmão de Estevão José da Rocha – o Barão de Araruna (vide postagem no blog).


imagem arquivo pessoal

 MANOEL ALVES DE OLIVEIRA aparece como testemunha de alguns casamentos, já como tenente da Guarda Nacional, denotando que ele tinha muito poder político em Santa Cruz, na década de 60 do século XIX. Por óbvio, já havia acumulado riqueza.


imagem arquivo pessoal
Casamento de João Tavares de Oliveira e Perpétua Maria de Oliveira, ele filho de José Tavares da Silva e Joana Quitéria da Conceição, natural da Freguesia de São José do Mipibu e ela filha de Agostinho Francisco de Oliveira e Joana Francisca de Oliveira,  natural de Santa Cruz ( 07/02/1867). Testemunha Tenente MANOEL ALVES D'OLIVEIRA.

sábado, 20 de junho de 2015

CURIOSIDADES GENEALÓGICAS - CENTENÁRIOS NO SÉCULO XIX

Tenho encontrado nos livros paroquiais de óbitos muitos registros de pessoas centenárias. Um fato que sempre me causa espanto. Idosos que teriam vivido além da expectativa de vida daquela época.
É bom lembrar que até os meados do século XIX a expectativa de vida no Brasil não passava de 40 anos. Esse quadro só mudou quando Pasteur, na segunda metade do século XIX, conseguiu provar a relação existente entre várias doenças e a higiene pessoal.  Passando no início do século XX a 50 anos.   
Segundo o IBGE, o fato mais notável relacionado com a expectativa de vida dos brasileiros ocorreu ao longo do século XX. Em 1940, a expectativa de vida da região Nordeste era 38,2 anos, só em 1990 é que o Nordeste atingiu seu maior valor 64,3 anos.

Assim, fico na dúvida se as idades registradas estão corretas ou não.
Alguns exemplos:
1) Em ARARUNA/PB
Em um só livro do ano de 1866, encontrei:
MARIA JOSÉ DAS NEVES, parda, de noventa e oito anos de idade, viúva de JOÃO DE DEUS DE ARAÚJO (2/8/1866)

imagem: arquivo pessoal
LUIS, criolo, com cento e cinco anos de idade, casado com VICTORIA, livres (16/02/1866)
 imagem: arquivo pessoal
ANNA ROZA DA CONCEIÇÃO, com cento e seis anos de idade, viúva de COSME SOARES (16/07/1866). 
 imagem: arquivo pessoal
II) EM SANTA CRUZ/RN
ANNA FRANCISCA DA CONCEIÇÃO, com cento e dez anos, viúva ( 20/01/1873).  

 imagem: arquivo pessoal

JOANNA BAPTISTA DA CONCEIÇÃO, viúva, de cento e doze anos (12/12/1880) 

imagem: arquivo pessoal
E, finalmente, um recorde de IGNÁCIA FRANCISCA DA CONCEIÇÃO, viúva, com cento e vinte anos (24/06/1880). 
imagem: arquivo pessoal

domingo, 14 de junho de 2015

A EPIDEMIA DE CÓLERA DE 1856

Entre 1850 a 1860 a Paraíba restou assolada por duas grandes epidemias: de febre amarela e de cólera.
A febre amarela é uma doença infeciosa transmitida por mosquitos hematófagos contaminados por um vírus. Na Paraíba se espalhou rapidamente, mas no meio de tantas outras doenças como o sarampo e a varíola, não deram tanta importância, até que o cólera chegou por volta de 1856.
O cólera é uma doença causada por uma bactéria a qual é transmitida principalmente pela água e alimentos contaminados, causando uma diarreia intensa, que leva á desidratação que pode levar à morte em poucas horas, sendo assim comum encontrar nos registros de óbitos antigos como causa da morte diarreia e não cólera.
A epidemia de cólera de 1856 matou mais de 26 mil pessoas na Província da Paraíba, ou seja, cerca de 9 % da população que não chegava a 300 mil.
Muitos que haviam sobrevivido à febre amarela pensavam que o cólera não fosse tão avassalador e foram surpreendidos com a rápida evolução da doença.
Vilas, povoados ou pequenos agrupamentos de pessoas foram atingidas. Morria-se como morrem moscas.
O governo da Paraíba determinou então, em 1856, a criação de cemitérios públicos. Em Bananeiras, até então próspera cidade, uma vez inaugurado o cemitério não havia quem enterrasse os mortos, pois a população local, verdadeiramente apavorada, abandonou casas e roçados e acabou seguindo rumo aos locais que a mortandade não havia chegado.
Na vizinha Província do Rio Grande do Norte, pouco distante de Bananeiras e, muito próxima de Araruna a tranquila Santa Cruz representava a esperança de dias melhores. A vila não havia sido atingida pelo cólera e os poucos casos registrados, nem de longe, se equiparavam aos da Paraíba.
Cruzando a serra, a pé ou cavalo, uma multidão de retirantes enfrentou os 55 km de distância chegando à Santa Cruz. Os que chegaram primeiro acolhiam parentes e amigos. Muitos já tinham famílias em Santa Cruz.
A população quase dobrou de tamanho em muito pouco tempo. Nasceu assim uma ligação profunda entre as três cidades: BANANEIRAS, ARARUNA e SANTA CRUZ que irá permanecer por mais de meio século, através de duas ou três gerações.

Os livros paroquiais de Santa Cruz registraram a migração, como comprovam os documentos abaixo.   

1)Casamento de Lourenço José da Costa e Maria Joaquina da Conceição. Ele filho de Luiz José da Costa e Delfina Maria da Conceição. Ela filha natural de Liandra Maria da Conceição (Natural de Bananeiras). Casamento 2/03/1867.
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2) Casamento de João da Cruz Bezerra de Menesez e Maria da Conceição. Ele filho de Ignácio Bizerra de Menezesz e Maria da Conceição, natural de Bananeiras. Ela filha de Severino dos Santos Bizerra  e Maria Bizerra Cavalcante natural de Santa Cruz
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3- Casamento de João José da Costa, filho de José da Costa Souza e Maria José da Incarnação, natural de Bananeiras. Ela filha de Severino Pereira dos Santos e Maria da Conceição, natural de Santa Cruz. 22/09/1869 
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4- Casamento de Pedro Jorge Francisco, filho natural de Maria Francisca da Conceição, natural de Araruna e Maria da Silva da Conceição, filho de Manoel José de Souza e Joanna Maria da Conceição. 
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domingo, 7 de junho de 2015

FAMÍLIAS: OLIVEIRA E LIMA - SANTA CRUZ/RN

A história registra que desde 1637 a região da Borborema Potiguar já era frequentada pelo “homem branco”.
Chegava-se ao local onde hoje está assentada a cidade de Santa Cruz partindo do litoral, mais precisamente do Engenho Cunhaú, que segundo Câmara Cascudo, foi construído pelos filhos de Jerônimo de Albuquerque na sesmaria que este recebeu em 2/05/1604.
O engenho estava localizado na várzea do rio Cunhaú, nos limites do que é hoje Canguaretama, e foi vendido em 1637 a Joris Garstman Van Were, holandês, que fez incursões pelo sertão adentro através de um caminho que mais tarde ficou conhecido com o seu nome.
Rouloux Baro (Rodolfo Baro), que morava em uma aldeia a cinco ou seis léguas da casa de Garstman, usou o mesmo caminho que nada mais era do que seguir o curso do rio Traíri até sua nascente.
Todavia, só depois do fim da ocupação holandesa é que os súditos da coroa portuguesa se interessaram na ocupação efetiva das terras recém-descobertas.
A partir da primeira metade do século XVIII, por volta de 1740, alguns criadores de gado já se aventuravam no local.
Registre-se que 1754, Felix Ferreira da Silva, recebeu sesmaria nas cabeceiras do Inharé, na Ribeira do Trairi, local que ficou conhecido como “ALÍVIO”, antiga localidade do município de Santa Cruz, parcialmente inundada em 1937, com o represamento do rio (açude do Inharé).
Pelos antigos livros paroquiais de Goianinha, especialmente o de óbitos de 1817/1852, o de casamentos de 1823/1855, bem como o de óbitos de Santa Cruz de 1859/1884, percebemos que muitos dos nomes que subscreveram o abaixo assinado pedindo a criação da freguesia de Santa Cruz residiam há muito tempo no local. Portanto, foram os primeiros povoadores que, infelizmente, restaram “esquecidos” ao longo do tempo.
Destaco que alguns sobrenomes aparecem com bastante frequência nos registros paroquiais. São eles: OLIVEIRA, LIMA, SOUZA e COSTA. Todos vinculados às minhas famílias ancestrais.
Em especial aos OLIVEIRA (OLIVEIRA LIMA, OLIVEIRA GALVÃO, SOUZA DE OLIVEIRA), representados por:
JOSÉ DE SOUZA OLIVEIRA
THOMAZ DE OLIVEIRA
THOMAZ DE OLIVEIRA JÚNIOR (filho de Thomaz de Oliveira)
MANOEL JUSTINO DE OLIVEIRA GALVÃO (casado com Sofia Genuína Brazileira Galvão e pai de Manoel Alves de Oliveira).
PORCIANO JOSÉ DE OLIVEIRA
ANTONIO DE OLIVEIRA SARAIVA
LEOPOLDO JOSÉ DE OLIVEIRA

FAMÍLIA LIMA
LUIZ DE SOUZA LIMA
JOAQUIM FRANCISCO DE LIMA
VICENTE ANTUNES DE LIMA e seus irmãos INÁCIO ANTUNES DE LIMA e ANDRE ANTUNES DE LIMA
MANOEL MENDES DE LIMA
JOÃO GRILATINO DE LIMA