quinta-feira, 30 de novembro de 2017

FATOS CURIOSOS DE SOLÂNEA (SÉCULO XX)

No último dia 26 de novembro o município de comemorou o seu aniversário. Tornou-se independente de Bananeiras em 1953.
Solânea é uma das cidades que desperta meu interesse, pois alguns dos meus ancestrais nasceram lá e, outros, passaram toda a vida no local.
Embora minhas pesquisas históricas não abrangem fatos ocorridos no século XX, vou abrir uma exceção para deixar registrado fatos curiosos que fazem parte da história de Solânea e que foram esquecidos, mas merecem ser relembrados.
O primeiro, e mais triste, é da terrível explosão de 50 quilos de dinamite que estava estocada em um paiol.
O fato aconteceu em novembro de 1952 quando da construção da estrada de ferro em Solânea.
Cerca de 20 crianças e adolescentes, todos menores de idade entre 11 e 18 anos, ficaram gravemente feridas com queimaduras de primeiro, segundo e terceiros graus.
As vítimas eram todas moradoras na vizinhança, sendo que 3 acabaram por falecer e, as outras ficaram para o resto da vida marcado com as cicatrizes em seus corpos.

O segundo fato curioso foi da promessa da campanha eleitoral do Sr Waldemar da Nóbrega: nem ele, nem o vice-prefeito e muito menos os vereadores iriam receber vencimentos se eleitos fossem.  Ele acabou sendo eleito e foi prefeito em Solânea em 1958. Pelo que consta, nunca deixou de receber seus vencimentos.

Por fim, na década de 50, quando Solânea mal atingia 2400 habitantes, José Geraldo de Lira, que era protético na cidade, resolveu dar de presente para o seu filho Valter, de apenas 1 anos e 6 meses, um filhote de onça parda.
A criança e o filhote conviveram bem durante um tempo, sendo que o fato até chegou ao conhecimento da revista O Cruzeiro, de grande circulação na época, como sendo a criança o “verdadeiro amigo da onça”.


PS – todos esses fatos foram objeto de matérias jornalísticas e encontram-se devidamente documentados nos jornais da época.


IMAGEM extraída da Enciclopédia dos Municípios Brasileiros IBGE - pag 610 (1957/1964)

sábado, 18 de novembro de 2017

CEMITÉRIO DE SANTA TEREZA DA ALDEIA DE SANTO ANTONIO DA BOA VISTA

CEMITÉRIO DE SANTA THEREZA EM MORENO (ATUAL SOLÂNEA/PB)  
Em outros posts do blog escrevi sobre a antiga aldeia de Santo Antônio da Boa Vista, que ficava localizada onde hoje é chamada simplesmente de Aldeia, região rural de Solânea/PB, local com muitas nascentes de água e que tinha uma abundante mata atlântica (atualmente chamada Bica do Izo).
Na aldeia os missionários eram de carmelitas descalços. Como Santa Tereza d’Ávila foi a reformadora da ordem carmelita, ela inspirava esses missionários que em sua homenagem deram nome ao cemitério local – Cemitério de Santa Tereza.
Neste antigo cemitério, longe do centro da aldeia, eram enterrados não só os índios catequisados, como alguns colonizadores que viviam nas imediações.
É importante ressaltar que naquela época, quatro primeiras décadas do século XVIII – entre 1700 e 1740, ainda não existia o agrupamento populacional chamada MORENO, mas tão somente a aldeia.
Uma vez dissolvida a aldeia, com o remanejamento dos índios para a Baia da Traição, toda a extensão de terra foi sendo ocupada por diversas famílias que continuaram enterrando seus mortos no antigo cemitério.
A localização exata é difícil de dizer, sendo certo que ficava em Chã de Santa Tereza, local que fazia parte da Aldeia de Santo Antônio, e era assim chamada justamente por conta do cemitério.
Esse antigo cemitério foi desativado no final do século XIX, quando foi inaugurado o cemitério de Santo Antônio em Moreno (atual Solânea) e quase ninguém sabe de sua existência.
Não encontrei registro que os ossos tenham sido trasladados para outro lugar, o que significa que é possível ainda encontrar alguns que estão sob a terra.
O registro mais novo que encontrei de sepultamento foi de 1869, conforme comprova a imagem abaixo, de Francisca Maria da Conceição moradora na Canafístula..




Após publicar o post,  descobri nos meus arquivos um que comprova que até 1931 o cemitério de Santa Tereza era utilizado para sepultamentos. 


MANOEL DA COSTA FARRAPO ( 1626/ 1687)- O PRIMEIRO DO NOME E SEUS DESCENDENTES

MANOEL DA COSTA FARRAPO(I)  o primeiro do nome, se casou em 13/02/1651 com ISABEL FERNANDES.
Consta no registro de casamento que ele era filho de PEDRO DA COSTA NAITERO e de ISABEL GONÇALVES, antigos moradores de São Roque, que se  casaram em 13/09/1625
Pedro, segundo Rodrigues Rodrigues, em seu livro Genealogias de Santa Marta de São Miguel, capítulo 315, de PEDRO GONÇALVES FARRAPO e de MARIA LUIZ (casados por volta de 1600).
.registro casamento Manoel da Costa Farrapo e Isabel Fernandes


O primeiro filho do casal , MANOEL DA COSTA FARRAPO  (II), foi batizado no dia primeiro de janeiro de 1652 na igreja de São Roque do Rosto do Cão em Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, nos Açores, Portugal.



Ele se casou em 3/6/1674 com ANNA DE SOUZA
 registro casamento de Manoel da Costa  (Farrapo) e Anna de Souza


Dentre os filhos do casal estão DOMINGOS DA COSTA FARRAPO e MANOEL DA COSTA FARRAPO (III)
Domingos, de quem descendo, se casou em 2/7/1704 com ANNA DE (SANTIAGO) SOUZA filha de Thomé Jorge e Isabel de Souza (vide outra postagem do blog)
registro casamento DOMINGOS E ANNA


MANOEL DA COSTA FARRAPO (III) se casou em 15/08/1703 com BÁRBARA DE AGUIAR, conforme demonstra o registro abaixo 


O filho do casal BARTOLOMEU DE SOUZA  se casou, em 19/06/1740, com ISABEL MUNIZ, viúva de João de Gouveia, que foi sepultado no Hospital Real de Lisboa.



O filho do casal MANOEL DA COSTA FARRAPO (IV) nasceu em 10/11/1746. Este imigrou para o Brasil.   

registro MANOEL filho de Bartolomeu e Isabel Moniz

No Brasil, MANOEL DA COSTA FARRAPO (IV) se casou em Sobral no Ceará com ANTONIA MARIA DE JESUS, em 18/11/1773.

 continuação

Existe informação de que ele teria se casado mais de uma vez (*).

No Brasil, são muitos os descendentes dos dois irmãos DOMINGOS E MANOEL (III).

Em uma pesquisa rápida na internet li alguns artigos que diziam ser ISABEL MONIZ ou MUNIZ, mãe  de MANOEL (IV) ser filha de cristãos novos (Manoel ALVARES PINHEIRO e ISABEL GONÇALVES), daí a ascendência judaica da família. 
Como não descendo desse ramo não me interessei em pesquisar o assunto. Ademais, apesar dos Açores ter acolhido muitos judeus e cristãos novos,não me parece que era esse o caso, já que judeu  ou cristão novo não se casava aos sábados o que contraria alguns registros de casamento nesse dia da semana .
De qualquer forma, se teve algum cristão novo isso ocorreu por volta de 1550/1600 .... Faz muito tempo e já se passaram muitas gerações, o que para mim é algo de muito pouca significância.
     

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

FRANCISCO FEYO - PONTA DELGADA 1584/1634

Francisco Feyo, nascido aproximadamente em 1584,  faleceu no dia 12/06/1634 em Rosto do Cão, Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, com 50 anos de idade, conforme comprova o registro abaixo da Igreja de São Roque do Rosto do Cão.
  A descendência dele foi tratada por Rodrigo Rodrigues em  "Genealogias de São Miguel e Santa Maria", no capítulo 273, onde aparece como FRANCISCO FEIJÓ e não FEYO.



Ele foi casado com Maria Jorge, que faleceu em 1647.
O filho do casal, ROQUE FEYO,  se casou com MARIA REBELO (filha de Braz Machado e Maria Benevides) em 14 de fevereiro de 1643.  
registro de casamento de Roque Feyo e Maria Rebelo

São conhecidos os seguintes filhos do casal ROQUE FEYO E MARIA REBELO: Manoel Rebelo Feio, Luzia de Benevides, Maria Rebelo e Thomé Jorge.

THOMÉ JORGE se casou com ISABEL DE SOUZA, no dia 25/11/1676 em São Roque do Rosto de Cão, Ponta Delgada, Ilha de São Miguel . Isabel era filha de Manoel Correia de Souza e Isabel Alves.
Casamento de Thomé Jorge com Isabel de Souza


Dentre os filhos do casal está ANNA DE SOUZA, que se casou, em 2/07/1704, com DOMINGOS DA COSTA (FARRAPO) 

Casamento de Domingos da Costa Farrapo com Anna de Souza 



 Domingos e Anna tiveram fários filhos dentre os quais  MARIA DE SÃO MIGUEL, que se casou em 27/06/1744 com MANOEL BOTELHO

Dentre os filhos do casal está FELISBERTO, nascido em 10/10/1749.

FELISBERTO passa a assinar FELISBERTO DE MELLO e se casa em  12/05/1768 com ESCOLÁSTICA THEREZA DE JESUS, nascida em 7/10/1750 em São Roque, filha de Manoel Botelho Maiato (Mayato) e Maria Furtado. 
Um dos filhos do casal Felisberto e Escolástica  é CAMILLO JOSÉ BOTELHO, nascido em 18/03/1777.

CAMILO se casa com ANNA FELÍCIA, filha de José Martins Fontes e Antonia do Espirito Santo, por volta de 1800, sendo que um dos filhos do casal FELISBERTO BOTELHO se casa ANA JOAQUINA em 22/11/1832.

FELISBERTO E ANA JOAQUINA são os pais de JACINTHA CANDIDA BOTELHO, nascida em 26/07/1838, que se casou em 19/07/1852 com Joaquim Antonio de Medeiros.

A filha MARIA DAS MERCÊS BOTELHO DE MEDEIROS, nasceu em 21/09/1856. Imigrou para o Brasil onde se casou com o português MANOEL PEREIRA GOMES em Três Rios/RJ no dia 6/11/1871., 



O casal teve onze filhos: ANTONIO (25/09/1874), HENRIQUE (16/05/1878), JOSÉ (6/03/1880), MANOEL (11/02/1882), ELVIRA (20/10/1883), JOÃO ( 24/06/1885), JERÔNIMO (?), MARIA DAS MERCÊS, ALVARO, JOSINO e MERCEDES (falecida aos cinco anos de idade em 1897.

ELVIRA PEREIRA GOMES, uma das filhas, é minha avó materna;